sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Tapa de luvas na Veja
Claudio Leal
O cineasta Fernando Meirelles, diretor de Ensaio sobre a Cegueira, realizou uma premiação particular e inabitual ao juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto de Sanctis, que condenou o banqueiro Daniel Dantas a 10 anos de prisão por corrupção ativa.
Vencedor do prêmio "Paulistanos do Ano 2008", da Veja São Paulo, Meirelles repassou o troféu ao magistrado por achar que havia um paulistano que merecia a homenagem mais do que ele. (...) Em cima da placa, Meirelles colou um papel: "Fausto De Sanctis/ O Homem!". (...)
(...) Na carta a De Sanctis, ele diz se orgulhar da "capacidade de resistir às pressões" do presenteado.
Veja a carta de Fernando Meirelles ao juiz do caso Satiagraha:
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Diamantinenses são denunciados no STF
Pesquisando na net, encontrei a notícia, no portal Novo Jornal, de outubro de 2007:
Uma verdadeira organização criminosa atuou em Minas Gerais, nos últimos 13 anos, viabilizando a impunidade do senador Eduardo Azeredo (ex-governador de Minas). São membros do Judiciário Estadual e Federal, sendo o procurador Jarbas Soares, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Márcia Balbino, o advogado e ex-juiz do TRE/MG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, o ministro do TST, Luiz Philippe Vieira de Melo Filho, os juízes federais do Trabalho Adriana Campos Souza Freire Pimenta e João Alberto de Almeida, o serventuário da Justiça Federal do Trabalho, Ricardo Lima, a oficial de Justiça Aline Lacerda Barbato Tanuri Roque, os jornalistas Geraldo Melo Correia e Américo César Antunes, além do ex-procurador do Estado de Minas Gerais Arésio Antônio D´amasio e Silva.
Estas “autoridades”, em postos chaves das instituições democráticas, tramaram e desenvolveram uma atividade criminosa (...). Os “serviços” prestados foram da falsificação de documentos públicos até a perseguição e eliminação de opositores de Azeredo.
Só com a colaboração desta organização criminosa foi possível a montagem e a manutenção em Minas Gerais do conhecido esquema de desvio de dinheiro público, conhecido como “valerioduto”.
Agora todos foram denunciados por práticas de crime, perante ao Supremo, que deverá encaminhar a denúncia para a procuradoria da República para que, a mesma, ofereça denúncia ou não.
A grande maioria dos juristas consultados, não acreditam na punição dos denunciados, devido ao alto corporativismo existente no judiciário, porém, admitem que só a denúncia em si, já é uma grande conquista, pois irá tirá-los do anonimato, desta forma, impedindo que continuem atuando de maneira criminosa.
Esse processo iniciou em 2/10/07 sendo o requrente Marco Aurélio Flores Carone, proprietário do Novo Jornal. Em 25/9/08 o processo foi arquivado no STF.
O Novo Jornal é o único veículo de comunicação de massa de Belo Horizonte que tem no nome a palavra jornal e que publicava, eventualmente, denúncias contra Aécio Neves, Fernando Pimentel e seus auxiliares no governo.
O portal Novo Jornal foi tirado do ar em agosto de 2008. Quem pediu o fechamento do jornal? O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Junior, que criou a Promotoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, cujo primeiro ato – e único, até agora, pelo que se tem notícia – foi pedir o fechamento do Novo Jornal.
Saiba mais sobre esse caso clicando aqui
Para acessar o novo site do Novo Jornal e descobrir o que realmente acontece em Minas clique aqui
Entrevista chapa-branca
O jurista brasileiro, que em 2008 passou a presidir a Suprema Corte brasileira, também foi ministro do STF por seis anos, nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e advogado-geral da União. Assina a autoria de diversos livros e inúmeros artigos na área de Direito Constitucional. Sua nomeação e atuação como presidente do STF divide opiniões entre os profissionais da área jurídica, sobretudo por suas decisões quanto ao caso de Daniel Dantas, investigado por crimes financeiros na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
Na bancada de entrevistadores estarão presentes Márcio Chaer, editor do site Consultor Jurídico; Reinaldo Azevedo, articulista da revista Veja e do blog Reinaldo Azevedo; Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S. Paulo; e Carlos Marchi, repórter e analista de política do jornal O Estado de S. Paulo.
COMENTÁRIO
Já está a mil na blogsfera uma campanha para lotar os emails da TV Cultura com protestos contra esta entrevista totalmente armada. Está claro que todos os entrevistadores são partidários de Mendes e Daniel Dantas. È uma enorme falta de respeito com os telespectadores de uma tv PÚBLICA. Participe da campanha também:
falecom@tvcultura.com.br
rodaviva@tvcultura.com.br
www.tvcultura.com.br/ombudsman
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Slogan das novas mídias
QUEM LÊ JORNAL SABE MAL.
Isso dá uma campanha publicitária muito boa...
Arianna Huffington: o blog revolucionou o jornalismo popular
As novas e velhas mídias podem entrar em choque e se excluir mutuamente. Mas, em seu novo livro — The Huffington Post Complete Guide to Blogging —, a célebre blogueira Arianna Huffington argumenta que os dois mundos estão se aproximando rapidamente para reforçar o que cada um tem de melhor. Jornalistas tradicionais vêm escrevendo blogs, enquanto blogueiros estão ganhando credibilidade e status na mídia tradicional.
(...) o guia para blogueiros oferece dicas sobre como começar e como ser notado, além de opiniões da própria Arianna Huffington. Ela é ninguém menos que a criadora de um dos sites mais influentes da internet — o blog Huffington Post, ou HuffPo —, que ganhou destaque ainda maior durante a corrida à Casa Branca deste ano. O HuffPo fez experimentos com jornalismo cidadão em seu setor "Off the Bus", em que milhares de amadores escreveram relatos da campanha eleitoral.(...)
Na introdução de seu livro, Huffington escreveu: "O blogging vem sendo o maior avanço no jornalismo popular desde Tom Paine". (O panfleto Bom Senso, escrito por Paine em 1776, ajudou dramaticamente a promover a causa da independência americana.) O livro também tem seus momentos mais leves. Uma seção intitulada "Por que Você Escreve um Blog?" traz as respostas "para não parar no hospício" e "como substituto de uma terapia".
Embora Arianna Huffington defenda a boa vontade em relação à velha mídia, ela toma partido em favor dos blogs. "A imensa maioria dos jornalistas da imprensa convencional segue na direção apontada pelos editores", diz ela na introdução do livro. "Já os blogueiros saem armados com uma garantia de acesso muito mais eficaz do que uma credencial de imprensa da Casa Branca: a paixão."(...)
(...) O livro de Huffington alardeia a instantaneidade e a transparência dos blogs, quando comparado à mídia tradicional. Menciona alguns dos problemas que os blogs têm com padrões de reportagem e fraqueza de suas fontes.
As menções, no entanto, são apenas por alto — já que o livro se concentra, em vez disso, nos benefícios pessoais e políticos garantidos pela presença de uma multidão de vozes online. Segundo Huffington, as novas mídias não podem substituir as velhas por inteiro, nem dar os mesmos resultados que o jornalismo investigativo de valor comprovado ao longo do tempo.
Mas o mais importante, segundo a roteirista (Nora Ephron), é que "fazer um blog permite que qualquer pessoa tenha voz, mesmo sem ter acesso à Reuters ou à revista Time, e é isso que é realmente significativo." Na opinião de Nora Ephron, “as novas mídias vão continuar a dar voz às pessoas que de outro modo não teriam voz, e isso é algo que não vai desaparecer.”
COMENTÁRIO
No Brasil estamos engatinhando quanto à força de opiniões e análises independentes da blogsfera. Mas já vemos alguns resultados: inúmeros blogs se encarregam de desmascarar as manipulações do PIG (Partido da Imprensa Golpista: Organizações Globo, Veja, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo). Os desdobramentos da Satiagraha pelos blogs são emblemáticos.
Aliás, já se tem uma nova denominação para os veículos do PIG: DAT - Diários Associados Tucanos
domingo, 7 de dezembro de 2008
De novo jogos sob suspeita
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Como o Brasil funciona
A estratégia adotada por Daniel Dantas – de desqualificação de juízes e críticos em geral – faz parte do seu modo de operação já empregado em outras episódios. No caso brasileiro, a estratégia ficou demasiadamente exposta, graças ao estilo truculento e barra-pesada do advogado Nélio Machado, símbolo do que de pior existe na advocacia brasileira, o do advogado “esperto”, que se vale de todos os meios para alcançar os fins.(...)
Esse estilo foi adotado pelo Opportunity Fund nos julgamentos em Cayman e tornou-se um “listed case”, tema de livros e caso jurisprudencial para todos os países cobertos pela Corte Britânica – da Nova Zelândia à Jamaica, passando por Hong Kong e Índia.
Em vez de entrar no mérito da ação, o Opportunity lançou suspeição sobre o juiz. A alegação foi de que o juiz era canadense – e a ação ser movida pela canadense TIW.
Foi enviado um batalhão da Kroll para Cayman, tentando influenciar juízes e políticos. A estratégia passava obviamente pela compra de jornalistas, David Legger, especialmente contratado para escrever contra o Juiz.(...)
Essa estratégia permitiu uma vitória na Court of Appel em Cayman. Foi a única vez, aliás, que Veja tocou no assunto, em uma nota incorreta de autoria de Lauro Jardim.
Quando subiu para a instância máxima, o julgamento do juiz Kellock foi restabelecido de forma definitiva e o caso entrou para o “listed case”.
Esse mesmo modelo foi aplicado no Brasil. Em vez de se entrar no mérito do caso, houve um massacre do juiz De Sanctis, conduzido especialmente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, por deputados, como Raul Jungmann e Marcelo Itagiba e por veículos e jornalistas cooptados.
Os jornalistas diretamente envolvidos nessa operação de “assassinatos de reputação” foram Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo e Lauro Jardim, pela Veja; Janaína Leite, pela Folha; Cláudio Humberto (através de seu site e como alimentador dos ataques de Mainardi); Leonardo Attuch e Márcio Chaer.
Entre os episódios centrais dessa imensa armação há o caso da tal tradutora italiana (levantada pelo Conjur e repercutido por Azevedo), o caso do relatório italiano (levantado por Mainardi e repercutido por Azevedo), os ataques difamadores contra jornalistas que insurgiam-se contra essas versões, conduzidos por Mainardi e Azevedo.
Assim como na Corte Inglesa, o episódio deveria servir para reflexões e criação de jurisprudência sobre esses métodos de “assassinatos de reputação”, para intimidar juízes e burlar a lei. É chantagem explícita, criminosa, que fere princípios básicos de aplicação de Justiça.
Mas quem definirá essa jurisprudência? Gilmar Mendes e seu desrespeito absoluto pela solenidade do cargo? Eros Grau e outros Ministros que praticamente condenaram o Juiz e jamais se pronunciaram sobre os métodos de Dantas contra o próprio judiciário? Essa formação atual do STF?
O país não está sob o império das leis. E a culpa definitivamente não é de De Sanctis. Caberá ao Judiciário um duro trabalho de impor novamente o primado da lei sobre o crime.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
A tragédia mais bonita
Mas o sensacionalismo da mídia em cima da tragédia é irritante. Aliás, a mídia nacional sem sensacionalismo e tragédia se esvazia.
Pergunto: e nas outras tragédias permanentes, porque não se vê mobilização igual? Como a seca no sertão nordestino. Porque os veículos de comunicação não fazem campanha para arrecadar donativos para os miseráveis que passam fome e sede em diversos cantos do país? Será que é porque a tragédia do sul é plasticamente mais bonita do que a do nordeste? Dá mais audiência mostrar casas de alvenaria caindo ao invés de barracos de barro mal se aguentando em pé; sofrimento de gente branca ao invés de negros e mulatos esquálidos? Há diferença da tragédia com muita água ou nenhuma água?
Ou será porque é o "ibope do momento"? Já foi Isabela Nardoni, já foi grampo no STF, já foi sequestro em Santo André, já foi crise mundial.
Ou será, ainda, por puro preconceito da mídia contra pobres, negros e nordestinos?
Acho incoerente os pernambucanos lotarem um caminhão de donativos para Santa Catarina enquanto seus conterrâneos sofrem ali perto.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Nassif, mais uma vez, na mosca (azul?)
Coluna Econômica - 20/11/2008
O caso Satiagraha é um marco na história institucional brasileira, talvez a maior prova de que o país caminha para a maturidade institucional.
Não pelas instituições em si. O caso revelou, de forma dramática, como um banqueiro que enveredou pelo caminho do crime, conseguiu cooptar vários setores relevantes da institucionalidade política brasileira.
A prova de maturidade não está no Supremo Tribunal Federal, depois de uma votação vergonhosa do habeas corpus de seu presidente Gilmar Mendes – na qual a maioria absoluta dos Ministros demonstrou sequer ter estudado o caso que competia a eles analisar.
Essa geração de Ministros conseguiu algo impensável: colocar o STF na relação das instituições sob suspeição da opinião pública.
De sua parte, o Legislativo teve comportamento igualmente suspeito. A atuação da CPI dos Grampos, protegendo ostensivamente os criminosos e pressionando os investigadores, não apenas manchou a reputação de seus membros – deputado Marcelo Itagiba, Raul Jungmann e Nelson Pelegrino, cada qual de um partido, todos servindo à mesma causa – mas da instituição como um todo.
Não escapou a cobertura da mídia, especialmente o estilo grosseiro, impiedoso e manipulador da revista Veja.
No início, a defesa intransigente de Daniel Dantas, por parte da revista Veja, tinha como álibi um suposto anti-lulismo. Quando Lula engrossou as críticas contra a atuação da Polícia Federal, desmontou o álibi da revista.
O que inspirava sua cobertura não era o anti-lulismo, mas a defesa intransigente de Daniel Dantas
Graças à tenacidade de três ou quatro pessoas, a farsa da campanha contra a Satiagraha está sendo desmontada. Haverá ressaca no dia seguinte, quando cada poder envolvido tiver que acertar contas com seus fantasmas e com a mancha da suspeição.
Tudo isso foi possível porque, hoje em dia, existe uma opinião pública com amplo discernimento para impedir toda forma de poder abusivo – até o da mídia.
Sabores do bubbaloo
- molho pardo
- caldo de cana
- boldo
- água do mar
- caipirinha (só para maiores)
- pão de queijo
- filé a parmegiana
- pé-de-moleque
- abacate
- sal de fruta (pra conseguir mascar os outros)
Sugira os seus!
Outra seleção
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Mais um do SDC
Para reparar meu erro, vai com figura.
Da Agência Carta Maior
Em um texto postado em seu blog, no dia 14 de novembro, Ricardo Noblat chamou o presidente do STF de "Gilmar Dantas". É bom lembrar que, para Freud, esses desvios eram sintomas de um compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido.
Direto do blog do Nassif....ai tranquilidade, quanto me custas!
Da Folha Online
Defesa de Dantas pede novo depoimento de Protógenes e adia fim de processo
THIAGO FARIA
O advogado do banqueiro Daniel Dantas, Nélio Machado, pediu nesta quarta-feira ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, o acesso à gravação da reunião na superintendência da Polícia Federal, que decidiu pelo afastamento do delegado Protógenes Queiroz do comando da Operação Satiagraha.
O pedido da defesa de Dantas adiou, assim, o fim do processo contra o banqueiro na 6ª Vara Criminal, que poderia acontecer hoje com a entrega das alegações finais por parte dos acusados.
Para Machado, o conteúdo da reunião influencia diretamente no desenrolar do processo contra seu cliente, acusado de corrupção.
Comentário
É até monótono, de tão previsível. Alguém ligado a Dantas vaza o áudio - no caso, Raul Jungmann. Veja, militante, e Globo, diletante, repercurtem. Com interpretações incorretas sobre o conteúdo para "esquentá-lo". E os advogados de Daniel Dantas se valem das matérias para postergar a sentença.
Surpresa: ninguém percebeu nada! Só a blogosfera inteira, mais as torcidas do Flamengo e do Corinthians.
Comentário 2
Foi barriga da Folha. Não houve adiamento coisa nenhum, segundo acabo de ser informado. Houve a audiência, os advogados entregaram as alegações finais, assim como o Ministério Público. O juiz De Santis tem, dez dias para dar a sentença. O que os advogados de Dantas fizeram foi um requerimento, solicitando esse novo interrogatório do Protógenes. O juiz poderá conceder ou não.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Pra quebrar (de leve) a tranquilidade
Filosofias de powerpoint
Para os homens: "Não é barriga não, é pedestal pra suportar o coração que é muito do grande!”
“Uma grande amizade tem que ser igual a uma bunda: tão unida, tão unida, que merda nenhuma separa.”
Para as mulheres: "Não fiquem à procura do Príncipe Encantado. Procurem o Lobo Mau: ele te enxerga melhor, te ouve melhor e ainda te come!”
“Amigo é igual parafuso, a gente só sabe que é bom na hora do aperto!”
"Celulite não é defeito. Os furinhos querem dizer 'Eu sou gostosa', em braille!"
O cachorro que salva vidas
Assista aqui
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Para Patrícia
Estranheza do Mundo
Ferreira Gullar
Olho a árvore e indago:
está aí para quê?
O mundo é sem sentido
quanto mais vasto é.
Esta pedra esta folha
este mar sem tamanho
fecham-se em si, me
repelem.
Pervago em um mundo estranho.
Mas em meio à estranheza
do mundo, descubro
uma nova beleza
com que me deslumbro:
é teu doce sorriso
é tua pele macia
são teus olhos brilhando
é essa tua alegria.
Olho a árvore e já
não pergunto "para quê"?
A estranheza do mundo
se dissipa em você.
Olha eu aí...
Pedro Augusto escreve:
"Kotscho, boa noite. Por favor, caro amigo, exponha no seu blog algo sobre a influência da mídia nas eleições, uma vez que tenho ouvido falar que alguns orgãos de imprensa falada e escrita já estão fazendo campanha para as eleições de 2010. Segundo informações, está havendo falta de ética, pois esses orgãos de imprensa (principalmente a de São Paulo) divulgam algo irrelevante para sobrepor o candidato protegido. A população tem que ser esclarecida do que começa a ocorrer. Tem gente manipulando a população".
Ricardo Kotscho responde:
"Pelo jeito, Pedro Augusto deve ser um leitor bastante jovem pois ainda fica indignado com práticas já bastante antigas nas relações da mídia com a política e a sociedade. A grande novidade dos últimos tempos, caro Pedro Augusto, é que agora não tem mais leitor bobo nesta história. As pessoas estão descobrindo cada vez mais o que há por trás da política editorial de cada veículo da mídia que é camuflada sob a forma de notícias isentas."
Eu não sou tão jovem assim mas me identifiquei com o Pedro. A semana continua tranquila...
As perspectivas positivas
Conjunto de matérias com sinais positivos, nesse mar de notícias negativas:
1. O Pátria, um dos fundos mais profissionais do mercado, captou US$ 1,1 bi para aplicar nesses tempos de crise. Ele faz parte do time dos gestores contra-cíclicos, daqueles que, em tempos de crise, aproveitam as oportunidades e saem comprando, ajudando a amenizar o movimento.
2. Entrevista de Abilio Diniz, do Pão de Açúcar onde, entre outros temas, diz que as vendas subiram 29% em outubro.
3. Contratação de temporários deve superar o Natal passado.
4. Empresas apostando em Natal sem crise.
sábado, 15 de novembro de 2008
Semana difícil
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Esqueça a mídia nacional
Da BBC Brasil
O dinamismo "que impulsionou o Brasil para o cenário internacional nos últimos anos chocou-se contra duras realidades econômicas", disse a edição desta sexta-feira do jornal americano Washington Post.
A desintegração financeira que começou nos Estados Unidos "derrubou o mercado de ações, abateu os preços de commodities, enfraqueceu a moeda local e reduziu o crédito, levando a uma suspensão de projetos de grande escala privados e públicos na 10ª maior economia do mundo", de acordo com o diário.
Apesar das perspectivas sombrias, o Washington Post explica que "os US$ 200 bilhões que o Brasil acumulou em reservas em moeda estrangeira, aliados a políticas econômicas prudentes, fazem com que o País esteja melhor preparado do que muitas economias emergentes para resistir à tormenta financeira".
O jornal indica que isso deu cacife político ao Brasil. O artigo diz que, na opinião de analistas americanos, a credibilidade econômica que o Brasil conquistou "vai tornar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais ousado quando ele se juntar ao presidente Bush e a outros líderes mundiais em Washington neste fim-de-semana para discutir soluções para a crise".
"Os brasileiros reagiram ao novo prognóstico econômico com um misto de desespero e irritação, principalmente porque a crise que os está afetando teve origem em instituições financeiras dos Estados Unidos", de acordo com o jornal.
"Com suas credenciais econômicas rendendo-lhe elogios de empresários, Lula está em posição de repreender os americanos por não terem realizado reformas que poderiam ter impedido a crise", afirmou o jornal.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O HC da lavagem
Uma nova estratégia
13/11/2008 12:34:23
Wálter Fanganiello Maierovitch
Certa vez, num encontro europeu sobre lavagem de dinheiro, o expositor que me antecedeu falou que tudo dependia da criatividade. À época, a última novidade era a compra de fichas em cassinos. As fichas eram aceitas em cassinos localizados em países diversos. Lógico, diverso daquele onde se realizou a compra. Acrescente-se: a ficha não era para ser empregada em jogo, mas para lavagem.
Ontem, a minha caneta-falante Concetta Rompicoglione avisou-me que o banqueiro Daniel Dantas havia ajuizado um pedido de habeas-corpus no Tribunal Regional Federal. Ao refletir sobre o pedido, acabei por descobrir uma nova modalidade de lavagem de dinheiro. Pode ser feita, por via oblíqua, utilizando-se o habeas-corpus.
Certamente, será mais uma grande contribuição do banqueiro Daniel Dantas para as organizações criminosas. Ou seja, o Brasil a ensinar as Máfias.
Barões e Clérigos, que fizeram o rei João Sem-terra, em 1215 assinar a Magna Carta e criar o habeas-corpus (só para barões e clérigos), devem estar orgulhosos. O remédio heróico que inventaram, para assegurar a liberdade de locomoção, serve, também e por via oblíqua, para garantir a livre circulação de dinheiro suspeito, apreendido pela polícia.
O banqueiro Dantas coloca em prática, com o aforamento de habeas-corpus no Tribunal Regional Federal, uma segunda estratégia. Uma estratégia a abrir caminho para ser ele absolvido e levantar mais de 500 milhões de reais apreendidos.
A primeira estratégia de Dantas deu certo durante alguns anos, mas a Operação Satiagraha atrapalhou.
E deu certo a primeira estratégia porque a ministra Ellen Gracie blindou os discos rígidos do Opportunity. Ou seja, proibiu a investigação sobre os dados contidos nos discos rígidos. A decisão da ministra Ellen Gracie, numa comparação, foi como impedir o exame num cadáver crivado de balas, para se descobrir a causa da morte. Sem saber, por perícia oficial, se o cadáver foi baleado depois, ou antes, de morrer, será, por falta de prova da materialidade do crime, o réu absolvido.
Com a operação Satiagraha, abriu-se uma parte dos discos rígidos e suspeitou-se de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, etc. A outra parte, o delegado que substituiu Protógenes está tendo dificuldade técnica em acessar os dados.
Com efeito. Dantas ajuizou o supracitado habeas corpus, que poderá chegar ao STF. Sua meta é anular todas as provas colhidas pela Satiagraha. Como se o delegado que presidiu o inquérito não pudesse pedir auxílio a órgãos do próprio governo, ou seja, Abin, Receita Federal, COAF, etc.
Se o habeas corpus vingar, não haverá mais prova dos crimes. Dantas, no processo criminal, será absolvido e o dinheiro sairá lavadíssimo.
Como o ministro Gilmar Mendes já antecipou ao senador Suplicy, -- o teor da conversa foi revelada no blog do jornalista Luís Nassif (Nota do Blog: a notícia veio do Blog do E.T.), que “ o diretor da Abin, Paulo Lacerda, não poderá voltar ao comando da instituição devido às irregularidades cometidas por ele e pelo Delegado Protógenes durante a operação Satiagraha”. No STF, Dantas poderá conseguir, pelo menos, um voto favorável, ou seja, o do ministro Gilmar Mendes.
Diante desse fato revelado pelo senador Suplicy, espera-se que o procurador geral da República entre, no momento apropriado, com pedido de suspeição do ministro Gilmar Mendes, por antecipar julgamentos.
Convém frisar que, no inquérito policial decorrente dos resultados da Operação Satiagraha, a Abin atuou como órgão auxiliar. Um delegado federal presidiu o inquérito, ou seja, controlou e dividiu tarefas. Apesar de regular o auxílio, é caso de Força Tarefa. Mas o banqueiro Dantas quer tirar do processo a prova desfavorável, que considera ilícita.
Sem prova, cai a acusação. Para usar uma expressão muito empregada no último pedido em favor de Dantas apreciado pelo STF, “por via oblíqua”, o banqueiro, com a ordem de habeas corpus, conseguirá, lavar dinheiro, que suspeita-se seja sujo.
Resumão da crise (não a financeira)
1.A Polícia Federal (PF), sob o comando do Delegado Protógenes, investiga Daniel Dantas e sua quadrilha durante 4 anos. Daniel é dono do Brasil, tem políticos e empresários nas mãos e nos bolsos (começou no governo FHC, na maré das privatizações).
2.Na véspera da prisão, a cúpula da PF vaza a informação para a Folha de São Paulo que divulga, com a desculpa que é de interesse público.
3.Daniel Dantas é preso 2 vezes por ordem do Juiz Fausto De Sactis mas o STF o solta 2 vezes em 48 horas.
4.A partir dessa soltura, se montou um esquema grandioso para absolver Daniel Dantas, cada soldado com sua missão (lembre que cada um está, de alguma forma, na mão e/ou no bolso):
- PIG (Partido da Imprensa Golpista – Organizações Globo, Veja e jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo) e seus jornalistas manipulam notícias como o grampo no STF que a Veja criou, desacreditam os investigadores (Protógenes e De Sanctis), contaminam processos através de notícias plantadas, repercutem fatos isolados e por aí vai.
- Corregedoria da PF que, sob alegação de investigar possíveis vazamentos de informações durante a Satiagraha, faz uma devassa na vida do Delegado Protógenes – e vaza mais em 72 horas do que nos 4 anos de investigação de Protógenes. Investiga a Abin, apreende computadores com informações secretas. Uma chacota internacional, uma exposição ao ridículo. Já pensou o FBI e a CIA brigando em público?
- Senadores e Deputados: Heráclito Fortes, Demóstenes Torres, Marcelo Itagiba à frente da CPI dos Grampos, têm o mesmo papel: achacar os investigadores e proteger os investigados
- STF: Gilmar Mendes é o braço direito de Daniel Dantas. Desse nem compensa falar.
- Governo Lula: foi fraco ao demitir a cúpula da PF e Abin para abrir o caminho da negociação política pois tem gente do governo envolvido
Esse batalhão trabalha junto, afinado, compartilhando munição. É ardiloso e suas ações são orquestradas. Repare que Daniel Dantas é dono dos quatro poderes (como diz Paulo Henrique Amorim ele é o câncer que já contaminou o Brasil inteiro).
Mas o objetivo maior de tudo que está aí em cima, é pegar justamente quem está acima. Vão cozinhar em fogo brando até 2010, quando darão a estocada final e elegerão o-único-todo-poderoso-supremo-governante-salvador-de-todo-o-país, José Serra. Ai de nós.
Se quiser mais detalhes (e um texto melhor escrito), acompanhe os intestinos do Brasil no Terra Magazine, por Bob Fernandes.
domingo, 9 de novembro de 2008
O ruim futebol no Brasil
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Vamos nos indignar
Diamante e Cascalho
Cascalho: Gilmar Mendes, Nelson Jobim, atual Polícia Federal, Globo, Heráclito Fortes, STF, Veja e o dono disso tudo: Daniel Dantas.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Do blog do Nassif
Hoje completa 90 dias do aparecimento de uma provável fraude, talvez a maior já produzida pela moderna imprensa brasileira: o suposto grampo que Veja garante ter sido feito pela ABIN em uma conversa entre um Ministro do Supremo e um Senador da República.
90 dias depois, nenhuma das acusações da revista se confirmou. Nem que foi a ABIN, nem ao menos que a ABIN possuía maletas que permitissem grampo - aliás, a revista foi tão inconsequente que nem contava que a ABIN não dispunha de uma ferramenta óbvia para uma agência de inteligência.
Nesses 90 dias, a nação testemunhou a encenação escancarada de uma farsa, da qual participaram deputados, senadores, autoridades federais, autoridades do Judiciário e a mídia. A revista falava em uma verdadeira indústria de grampos, mencionava dezenas de pessoas supostamente grampeadas. Não conseguiu comprovar nem ao menos que o grampo mencionado na reportagem era real.
Futuramente, a história do jornalismo considerará esse episódio como sendo da mesma dimensão das Cartas Brandi e do Plano Cohen.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Corrente do Bem
NATAL 2008 - ESPALHE ESSA IDÉIA
Que tal fazer algo diferente, este ano, no Natal?
Sim ... Natal ... daqui a pouco ele chega.
Que tal ir a uma agência dos Correios e pegar uma das 17 milhões de cartinhas de crianças pobres e ser o Papai ou Mamãe Noel delas?
Há a informação de que têm pedidos inacreditáveis: tem criança pedindo um panetone, uma blusa de frio para a avó...
É uma idéia. É só pegar a carta e entregar o presente numa agência do correio até dia 20 de Dezembro. O próprio correio se encarrega de fazer a entrega.
DIVULGUE P/ SEUS AMIGOS DA LISTA
Na vida, a gente passa por 3 fases:
- a primeira, quando acreditamos no Papai Noel;
- a segunda, quando deixamos de acreditar e
- a terceira, quando nos tornamos Papai Noel!!!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Piadas com Maradona
No blog do Mino...
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
O bom senso
Aprendendo a ver melhor a mídia
sábado, 1 de novembro de 2008
Falta de tempo
terça-feira, 28 de outubro de 2008
O jornalismo, segundo Nassif
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Corrida para 2010
Como disse Alexandre Garcia no Jornal Hoje, começou a disputa para 2010. Preste atenção como a imprensa iniciou a campanha para Serra. Segundo Garcia, "o grande vitorioso" dessas eleições foi Serra. Todas as imagens do Kassab são de elogio para ele. Garcia disse também que Aécio perdeu espaço nacional por causa da vitória difícil em Minas e por causa da aliança com o PT que desagradou algumas lideranças. Disse que o PT perdeu com a derrota de Marta, que Dilma se enfraqueceu e Lula terá que testar sua popularidade em meio a crise. Atenção: a mídia (ou como diz o Paulo Henrique Amorim, o PIG - Partido da Imprensa Golpista) vai fazer de tudo para empurrar goela abaixo o Serra.
Casados em 1970
Vista do Pico do Itambé
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Chapeuzinho Vermelho na imprensa
JORNAL NACIONAL
(William Bonner): "Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...".
(Fátima Bernardes): "... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia".
FANTÁSTICO
(Glória Maria): "... que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"
CIDADE ALERTA
(Datena): "... onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades?! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não."
REVISTA VEJA
Lula sabia das intenções do lobo.
REVISTA CLÁUDIA
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.
REVISTA NOVA
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.
FOLHA DE S. PAULO
Legenda da foto: "Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador". Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
O ESTADO DE S. PAULO
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.
O GLOBO
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente
ZERO HORA
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.
AQUI
Sangue e tragédia na casa da vovó.
REVISTA CARAS (ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte)
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa"
PLAYBOY (ensaio fotográfico no mês seguinte)
Veja o que só o lobo viu.
REVISTA ISTO É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.
G MAGAZINE (ensaio fotográfico com lenhador)
Lenhador mostra o machado.
Moral da história: cuidado com as suas fontes de informações
Quando o louco é sensato
O Carro que Não Gostava de Sorvete de Baunilha
Não importa quão 'louco' alguns clientes possam ser, eles podem estar certos. Uma queixa foi recebida pela Divisão Pontiac da General Motors. Veja o que relatava:
“Esta é a segunda vez que eu escrevo a vocês e não os culpo por não me responderem, porque eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos a tradição, em nossa família, de ter sorvete como sobremesa todas as noites após jantar. Mas o tipo de sorvete varia. Então, todas as noites, após termos jantado, a família vota em um sabor de sorvete e eu me dirijo até a loja para comprá-lo. Recentemente comprei um novo Pontiac e desde então minhas idas à loja têm sido um problema. Vejam vocês: toda vez que eu compro sorvete de baunilha, quando eu volto da loja para minha casa, o carro não funciona. Se eu levo qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona bem. Eu quero que vocês saibam que estou sendo sério em relação a esta questão, não importa quão tola ela pareça: o que acontece com o Pontiac que o faz não funcionar quando eu compro sorvete de baunilha, e funciona toda vez que compro outro sabor?”
O presidente da Pontiac ficou sem compreender a carta, mas enviou um engenheiro para checar o assunto. Esse ficou surpreso por ter sido recebido por um homem bem-sucedido e educado, de bons relacionamentos. O técnico, então, acertou encontrar o homem logo após o jantar. Os dois entraram no carro e se dirigiram até a loja de sorvetes. Naquela noite foi escolhido o sorvete de baunilha, com a certeza de que depois que retornasse ao carro, ele não iria funcionar, o que efetivamente aconteceu.
O engenheiro retornou por mais três noites. Na primeira noite, o homem escolheu o sabor chocolate. O carro funcionou. Na segunda noite, escolheu morango. O carro funcionou. Na terceira noite, pegou o de baunilha. O carro falhou. Sendo um homem lógico, o engenheiro recusou-se a acreditar que o carro daquele homem era alérgico a baunilha. Assim, combinaram continuar as visitas até que conseguisse resolver o problema. Começou a fazer anotações: anotou todos os tipos de dados, hora do dia, tipo de combustível usado, hora de dirigir etc. Em pouco tempo, ele tinha uma pista: o homem levava menos tempo para comprar o sorvete de baunilha do que qualquer outro sabor. Por quê?
A resposta estava na disposição da loja. O sorvete de baunilha, sendo o sabor mais popular, estava numa caixa separada na frente da loja para ser pego rapidamente. Todos os outros sabores eram mantidos nos fundos a loja, num outro balcão, o que acarretava uma demora considerável para pegá-los. Agora a pergunta para o engenheiro era: por que o carro não queria funcionar quando se levava menos tempo? Uma vez identificado o problema – não o sorvete de baunilha – o engenheiro veio rapidamente com a resposta: saída do vapor.
Acontecia sempre, todas as noites, mas o tempo extra para pegar os outros sabores deixava o motor esfriar o suficiente para funcionar. Quando o homem pegava o sorvete de baunilha, o motor ainda estava quente para o vapor ter se dissipado.
Moral da historia: até os problemas que parecem mais banais às vezes são válidos; então, nunca devemos pré-julgar, ou dispensar um problema em potencial relatado a nós por um cliente.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Personagens das ruas
- Gesildo
- Tarcísio Pinto Cego
- Latinha Neném
- Paraguai
- Tu
Diamante e Cascalho
Cascalho: para os comentaristas das outras emissoras. O Neto, da Bandeirantes, é chato, bairrista e arrogante. A Milie Lacombe, da Record, não sabe nada de futebol, não conhece os jogadores, despeja um monte de obviedades, comentários genéricos e metáforas pueris. Péssimo para quem assiste.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Absurdo Global
Por Josue Mecenas
Nassif, foi curioso ver ainda há pouco, ao vivo, a participação do especialista Marcos no programa de Ana Maria Braga. Ele foi apresentado no Fantástico no domingo e disse que tinha vergonha de ser brasileiro ao ver a atuação da polícia.
No programa de hoje ele afirmou que cortaram a fala dele. Que ele havia falado que a vergonha era de ver a política interferir na questão policial, pelo fato do maior especialista em gerenciamento de crises, De Luca, ter sido afastado; pelo fato do governo não investir em treinamento. Gerou um desconforto na apresentadora. Tudo isso foi sonegado no domingo.
O que mais irrita na TV
- A incapacidade da Luciana Gimenez de fazer uma entrevista no seu programa
- O estrelismo do Calainho no programa Ídolos, na Record
- A absurda novela Os Mutantes, da Record
- Todo o jornalismo da Rede Globo
- O programa Olha Você, do SBT, cópia tosca do Hoje em Dia, da Record
terça-feira, 21 de outubro de 2008
O sensacionalismo do sequestro
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Erros da polícia paulista
domingo, 19 de outubro de 2008
Rodada do brasileiro
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Diamante e Cascalho
Cascalho: para José Luiz Datena. Ontem explorou politicamente o confronto das PM's de São Paulo. Na onda do Serra, acusou incansavelmente a Força Sindical e o PT. Quando um senador do PT entrou no ar por telefone, não o deixou falar, cortou para o intervalo e, na volta, disse que a linha caiu. Aí o programa acabou. Dapena.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Os melhores doces
Os melhores doces de festa:
- brigadeiro
- canudinho
- chapéu de napoleão
- olho de sogra
- cajuzinho
Programa de Milton Neves lidera ranking de baixaria na TV
O programa de esportes comandado por Milton Neves na Band teve 1.200 denúncias acusando o programa de desrespeito às torcidas de futebol e apologia à violência. Apesar de ser a única atração da emissora na lista, a soma das acusações foi maior que os outros quatro programas.
De acordo com o site Na Telinha, a RedeTV! detém 60% de audiência entre as atrações de baixo nível. O Pânico na TV foi responsável por 137 denúncias — que relatam a exposição de pessoas ao ridículo, apelo sexual e palavras de baixo calão, o que culminou com o segundo lugar do ranking.
Superpop, de Luciana Gimezez, com 76 denúncias, e o A Tarde é Sua, programa de Sônia Abrão, também contribuíram para deixar a imagem da emissora negativa. Tais programas ocupam na lista o terceiro e quinto lugares, respectivamente.
Em quarto lugar aparece SP no Ar, apresentado por Luciano Faccioli, único programa da Record a constar na lista. As denúncias se concentraram em sensacionalismo e a apologia a violência contra os animais.
Fonte: Adnews
Povo sabe que a 'Veja' virou um panfletão conservador
A revista Veja parece ter perdido definitivamente o rumo, talvez em função do vexame histórico na cobertura da crise financeira internacional. Afinal, não é todo dia que uma redação prepara uma capa espetacularmente incisiva, com Tio Sam de dedo em riste e a manchete garantindo: "Eu salvei você" (edição 2079, com data de capa 24/09). Capa esta que dias depois se torna um case de "barriga" jornalística, uma vez o "crash" de 29 de setembro revelou não apenas que Tio Sam não havia conseguido salvar ninguém como estava desesperadamente em busca de uma solução que envolvesse a União Européia e até países emergentes. A barriga foi tão descomunal que na semana seguinte a rival CartaCapital fez graça e repetiu a capa da Veja, com o mesmo Tio Sam de dedo em riste, acompanhado por uma manchete marota: "Ele não salva ninguém".
Se o problema fosse apenas na forma, tudo bem, "barrigas" acontecem nas melhores redações (em Veja, com uma freqüência um tanto maior, estão aí o boimate e os milhões do Ibsen Pinheiro que não me deixam mentir). A questão central não está na forma, está no conteúdo. Veja há muito tempo não é uma revista jornalística, mas um panfletão conservador, editado por uma equipe que conta com a fina flor do pensamento reacionário brasileiro. A crise global, porém, parece ter mexido com os nervos do pessoal da Veja e o panfletão perdeu o rumo.
Em um primeiro momento, Veja apresentou ao distinto público a idéia de que a crise já tinha acabado (com o anúncio do primeiro pacote de Bush-Paulson), o que havia era um "soluço" absolutamente normal no capitalismo. Na semana seguinte, com data de capa de 1° de outubro, mas circulando no final de semana de 27/28 de setembro, portanto um dia antes do "crash" de 29/9, a revista da editora Abril voltou a dar capa para crise, fazendo uma espécie de "balanço" do que vinha ocorrendo. "Depois do Desastre" era a manchete da capa, mas o desastre real ainda nem tinha acontecido.
O problema de Veja é que os valores nos quais a revista continua acreditando e defendendo estavam virando pó com a crise e não havia discurso coerente que servisse para manter o panfletão em pé, muito menos com o disfarce de veículo jornalístico. Primeiro, veio a euforia (ok, existe uma crise, reconhecemos, mas Bush é "dos nossos", vai dar um tiro certeiro e cortar o mal pela raiz).
Não funcionou, para a perplexidade dos jornalistas que cuidam de traduzir o pensamento reacionário norte-americano em uma linguagem acessível a qualquer idiota, e a revista começou a tentar reconhecer que se tratava mesmo de uma crise gravíssima e que expõe as entranhas de um sistema podre, desregulado e baseado na ganância de gente que vendia terrenos na lua sem o menor escrúpulo, contando com a certeza da impunidade.
O povo não é bobo?
Enquanto tateia em busca de um discurso para a crise – se os mercados continuarem eufóricos, provavelmente a próxima capa será um enorme "UFA" – Veja não descuida do front interno. Na edição corrente (2082, com data de capa de 15/10), a "Carta ao Leitor", espaço editorial da revista, leva o título "O povo não é bobo", acompanhada de uma grande foto do prefeito Gilberto Kassab.
O recado da revista ao seu público começa assim: "O primeiro turno das eleições municipais demonstrou, outra vez, que a esmagadora maioria dos brasileiros sabe, sim, votar, ao contrário do que ainda insistem em propalar os descrentes na democracia nacional (felizmente, poucos)." Em seguida, vem o argumento "racional" de que a população votou nos melhores, gente que trabalha sério, "independente do partido".
Beto Richa (PSDB) e Fernando Gabeira (PV) são citados no texto, e Kassab, na legenda da foto ("Gilberto Kassab, de São Paulo: exemplo de que a maioria dos brasileiros sabe, sim, votar"). No final do texto, o veredito final: "Não basta para um partido – qualquer um – contar só com a força de um presidente da República bem avaliado e simpático. É preciso muito mais. O povo não é bobo."
Não, de fato o povo não é bobo e já sabe que Veja tem lado. Neste ponto, aliás, seria mais honesto e correto copiar o que de bom existe nos Estados Unidos e explicitar, no editorial, que a revista apóia os candidatos da oposição, especialmente os do PSDB e DEM — legendas que por sinal apóiam Gabeira no Rio. É assim que se faz lá fora e é assim que agiram CartaCapital e, em diversas ocasiões, a Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.
Veja, ao contrário, editorializa as reportagens. Um bom exemplo está também na edição desta semana, na reportagem que faz um balanço do resultado das urnas. A revista reconhece que o PT cresceu, mas diz que foi nos grotões. Um infográfico está lá para quem quiser fazer contas: em número absoluto de votos, o PT cresceu 1% em relação a 2004, o DEM teve 17% a menos do que na votação anterior e o PSDB perdeu 8% dos votantes de quatro anos atrás. O PMDB, líder no país pelo critério de prefeitos eleitos, viu seu eleitorado crescer 30%.
Qualquer foca de jornalismo faz as contas, soma os danos e conclui que o lead é a derrota dos partidos de oposição, que perderam exatamente 25% do eleitorado de quatro anos atrás. Qualquer foca, menos a Veja, que preferiu destacar o aumento de 30% do PMDB, um partido ônibus, que cabe qualquer um e que tem na resiliência a sua maior virtude. É justo que se dê destaque à vitória peemedebista, mas é evidente que o fato político mais relevante é a estrondosa derrota da aliança demo-tucana, com consequências evidentes na corrida sucessória de 2010.
No fundo, Veja age na política e na economia seguindo a máxima do ex-ministro Rubens Ricúpero: o que é bom (para o ideário conservador), a gente mostra; o que é ruim, a gente esconde. E nisto, fica aqui o reconhecimento, o pessoal da redação de Veja sabe fazer como ninguém...