Fiquei sabendo ontem de uma notícia peculiar: ano passado foi dada entrada no Supremo Tribunal Federal um processo por formação de quadrilha. Até aí nada de novidade; devem existir centenas iguais. Mas esse tem um diferencial: dois diamantinenses estavam entre os acusados.
Pesquisando na net, encontrei a notícia, no portal Novo Jornal, de outubro de 2007:
Uma verdadeira organização criminosa atuou em Minas Gerais, nos últimos 13 anos, viabilizando a impunidade do senador Eduardo Azeredo (ex-governador de Minas). São membros do Judiciário Estadual e Federal, sendo o procurador Jarbas Soares, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Márcia Balbino, o advogado e ex-juiz do TRE/MG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, o ministro do TST, Luiz Philippe Vieira de Melo Filho, os juízes federais do Trabalho Adriana Campos Souza Freire Pimenta e João Alberto de Almeida, o serventuário da Justiça Federal do Trabalho, Ricardo Lima, a oficial de Justiça Aline Lacerda Barbato Tanuri Roque, os jornalistas Geraldo Melo Correia e Américo César Antunes, além do ex-procurador do Estado de Minas Gerais Arésio Antônio D´amasio e Silva.
Estas “autoridades”, em postos chaves das instituições democráticas, tramaram e desenvolveram uma atividade criminosa (...). Os “serviços” prestados foram da falsificação de documentos públicos até a perseguição e eliminação de opositores de Azeredo.
Só com a colaboração desta organização criminosa foi possível a montagem e a manutenção em Minas Gerais do conhecido esquema de desvio de dinheiro público, conhecido como “valerioduto”.
Agora todos foram denunciados por práticas de crime, perante ao Supremo, que deverá encaminhar a denúncia para a procuradoria da República para que, a mesma, ofereça denúncia ou não.
A grande maioria dos juristas consultados, não acreditam na punição dos denunciados, devido ao alto corporativismo existente no judiciário, porém, admitem que só a denúncia em si, já é uma grande conquista, pois irá tirá-los do anonimato, desta forma, impedindo que continuem atuando de maneira criminosa.
Esse processo iniciou em 2/10/07 sendo o requrente Marco Aurélio Flores Carone, proprietário do Novo Jornal. Em 25/9/08 o processo foi arquivado no STF.
O Novo Jornal é o único veículo de comunicação de massa de Belo Horizonte que tem no nome a palavra jornal e que publicava, eventualmente, denúncias contra Aécio Neves, Fernando Pimentel e seus auxiliares no governo.
O portal Novo Jornal foi tirado do ar em agosto de 2008. Quem pediu o fechamento do jornal? O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Junior, que criou a Promotoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, cujo primeiro ato – e único, até agora, pelo que se tem notícia – foi pedir o fechamento do Novo Jornal.
Saiba mais sobre esse caso clicando aqui
Para acessar o novo site do Novo Jornal e descobrir o que realmente acontece em Minas clique aqui
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